terça-feira, 12 de outubro de 2010

Crime na Rua 29

Parte 1
Tudo aconteceu em Longthon , Nova Jersey, em uma noite de verão... Éramos uma família, eu mamãe, papai e o Bob (nosso cãozinho). Éramos felizes, vivíamos em perfeita harmonia, todos nos respeitavam. Minha mãe tinha uma loja de antiquário e papai era Advogado, bem respeitado e requisitado na redondeza. Eu estudava em um bom colégio, e era uma das melhores alunas. Apesar de ter apenas 12 anos, todos diziam que era muito madura e, aparentava ter uns 17, 18. Tinha bom raciocínio e era comunicativa, deixará as bonecas muito cedo, mais nunca deixei de ser uma menina dócil, comportada e brincalhona. Tinha verdadeira paixão por insetos e colecionava muitos deles... Mamãe se mostrava nada confortável por tal interesse meu, sempre alegava que menininhas como eu deveriam ter pavor e desprezo por tais criaturas. Papai sempre me apoiava em tudo, e boa parte de minha coleção devo a ele de grande ajuda. Vovó Molly sempre ficava comigo nos fins de semana, nós brincávamos de pega- pega no jardim ao anoitecer, e depois tomávamos um delicioso chocolate-quente e dormíamos assistindo a minissérie que Vovó amava '' Jackson e Rosemary''. Morávamos em um dos melhores bairros de Nova Jersey, Longthon, Rua 29 casa 3. Ali era um bairro calmo apesar das brigas da família dos Morgan. A filha deles era uma garota loira, alta, de olhos cor de mel exuberantes, que namorava um a cada semana, e era o principal motivo das brigas. O filho mais velho chamava Ramon, era rebelde, maldoso, snobe e cruel. Havia boatos de que tinha assassinado uma jovem que se recusará a passar apenas uma noite com ele. Eu adorava o olhar penetrante dele que não se intimidava ao encontrar os meus. Sempre foi indiferente comigo, me chamava de Menina Nefasta, apelido este por ele ter me observado esmagar uma aranha sem pavor algum e exibir as meninas que gritavam pelos seus pais, a cada passo meu com o bichinho despedaçado nas mãos. Muitas vezes puxará papo comigo, enquanto eu caçava insetos para minha coleção, eu apenas respondia sim e não. Neste verão ele sentou ao meu lado e perguntou:
- Emy, quanto você choraria se seus pais te deixassem?

Eu confusa respondi com certo rancor:
- Não choraria ! Um dia eles vão morrer mesmo.

Ele riu e saiu andando, fiquei ali olhando sua figura sumir junto com o pôr-do-sol. Ás 18h mamãe me chamou para o jantar, assim que pisei na sala o telefone tocou. - -Emy não devia mostrar compaixão, quando seu pai é corroído por uma doença e sua mãe tem um caso com o garoto problemático do bairro, Senhorita Catherine? Mamãe subitamente jogou o telefone ao chão, sua face tornou-se palída tomada de grande espanto.
Fitou-me com terrível pavor...